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Ana Carolina Bajarunas

Ana Carolina Bajarunas

Fundadora & CEO da Builders Construtoria e Idealizadora do Foodtech Movement.
Tempo de leitura: 4 minutes

As opiniões dos colaboradores do FT1 são somente suas

Há poucos dias atrás realizamos nossa 9ª conferência do FTM onde os temas giraram em torno dos desafios da cadeia agroalimentar.  Não só após impacto de pandemia, mas em geral, apresentamos cenários e perspectivas dos principais especialistas do setor em nível global para o segmento que mais vem se transformando nos últimos 10 anos. 

Tivemos a presença de 11 países, entre palestrantes e participantes, e assuntos que provocaram reflexões e questionamentos profundos em relação ao estado presente e futuro do setor em relação a hábitos de consumo, plataformas digitais e de novos alimentos essenciais a nossa sobrevivência. 

Pessoas, comunidades…ecossistemas! 

 

Sem dúvida nenhuma, o tema mais importante ressaltado nesta edição.

Estratégias de negócio embasadas nos reais needs do consumidor, colaborador, entregador, empreendedor, parceiro. Nas pessoas envolvidas. Todos foram categóricos em dizer que sem um people mentality é mais difícil sermos exitosos. 

Os maiores VCs globais também trouxeram a questão de que trabalhar com Food People, ou os profissionais que entendam deste mercado, pode ser fator determinante no sucesso de uma nova estratégia no setor alimentar. 

Além disso, aprendizados dos principais ecossistemas de Foodtechs do mundo como EUA, Israel e Inglaterra confirmaram que construir e acelerar parcerias diversas dentro deste mercado, fortalece as possibilidades de crescer com assertividade. 

O que apresentamos no ano passado como uma certeza dentro das transformações do Food System com o mote, Ecosystem is the new black, parece finalmente ter ganhado mais força que nunca em nosso mercado. 

Ainda em fortalecer relações, ficou claro que a força da união entre setor privado, público e academia, estimulam a mentalidade empreendedora e aceleram o desenvolvimento de novos produtos e serviços que de fato trazem impacto ao universo agroalimentar.

Como já mencionamos nos últimos anos, esse é um gap no Brasil que felizmente parece estar acordando, visto a presença de algumas importantes universidades nesta edição, além de parcerias em edições anteriores.

O pensamento coletivo que deriva de ecossistemas, parece ser também, outro fator de sucesso de grandes empreendedores pelo globo. Mais uma vez! People mentality, assegura que o envolvimento com soluções que impactam o todo e não se atenta apenas ao seu entorno, faz uma brutal diferença em soluções e grandes investimentos destinados as mesmas no universo de AgFoodtechs. 

Dado isso, ficou evidente neste bloco de Pessoas, que sem a estratégia de inovação colaborativa, o envolvimento de enablers, ou Food People, suportando e guiando os passos das grandes companhias e startups que estão trabalhando nessa evolução, os riscos de perder mais tempo e investimento se torna mais alto. 

Tecnologia, Plataformas Digitais, Dados e AgFoodtechs

 

Os números falam por si só. O investimento de VCs em AgFoodtechs cresceu 4x nos últimos cinco anos chegando a impressionante cifra de €52B, segundo levantamento da Five Season Ventures. 

Só no ano passado, este valor atingiu os €13,5B, fazendo 35 unicórnios globalmente e destacando categorias como Food Delivery, Agronegócio, Consumer Apps & Services e Kitchen & Restaurante Tech.

O mapeamento global de AgFoodtechs no qual trabalhamos junto com os ingleses da Forward Fooding, revela os dados do setor efervescente e que ainda tem bastante a crescer, ou seja, há muita oportunidade de desenvolvimento de negócios e investimentos. 

FoodTech Data Navigator

As oportunidades estão em toda a cadeia. Desde a produção até a casa do consumidor há espaço para inovações e tecnologias que podem receber os maiores investimentos e, uma das que mais se destacou até agora, foi o food delivery. 

Alinhado com Novos Ingredientes, Inteligência de Dados e Proteínas Alternativas, esta categoria é a que mais tem representatividade no números de AgFoodtechs pelo mundo. 

Tudo isso nos levou a concluir, apoiados pelo principal VC de Foodtechs de Israel, que agora é a melhor hora para investir em uma destas startups sem esquecer que a comunicação e a informação são peças chave deste jogo e não há fórmula de sucesso pronta! 

É colocar todas estas pessoas juntas e prosperar. 

E o que falta para o Brasil avançar?

 

Continuar construindo de forma ágil o seu caminho. Planejar mas não esperar demais para executar, entender o seu mercado e agir!

Estamos no caminho de construção de grandes cases mundiais, como o primeiro unicórnio Brasileiro da alimentação que surgiu em 2018 em deliveries, e outras histórias de sucesso que começam a surgir com foco no consumidor e nas tendências globais de tecnologia na alimentação. 

O consumidor em si está mais atento e incorporando mudanças no seu dia a dia que corroboram para a transformação atual deste mercado. 

É também passada a hora de descobrir e enaltecer a vasta riqueza que temos em alimentos e produtores locais, unir todas estas pessoas e focar em inovações que afetarão o coletivo. 

Importante também trazer para esta ‘mesa’ uma aliança entre governos e setor público, que devem apoiar esta expansão local, fazendo com que não seja mais fácil exportar uma carne alternativa para a Suécia que mandá-la para Manaus.

Não iremos dar grandes passos se o que fizermos não trouxer mudanças na forma de pensar e executar negócios e fazer com que estas inovações sejam disponível para toda a população.

Para isso é necessário persistência, foco e investimento. 

Porém, uma coisa é certa, agora mais que nunca é hora de continuar construindo este caminho e conectando os pontos/pessoas estratégicas para acelerar seu crescimento de forma inteligente. 

KEEP BUILDING! 

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